By Giovana Brigolla | Zootecnista
Na edição passado falamos sobre amostra individual de leite dos animais. Agora vamos falar sobre o teste de prenhez, onde é possível realizar um diagnóstico e verificar se o animal está prenhe a partir de 28 dias após a inseminação artificial (IA), monta natural ou implante de embriões, através do teste pelo leite, em uma amostra individual do animal.
Nesse teste, que é feito somente através do leite, são medidas as glicoproteínas associadas à gravidez (PAGs) para determinar o estado de prenhez. As PAGs são liberadas pela placenta durante a gravidez e são específicos desse período, ao contrário de alguns outros indicadores químicos, como a progesterona. É utilizado a tecnologia ELISA, sendo um método de diagnóstico rápido e confiável com alto nível de precisão (+ 98%) comparável à palpação e ultrassom. É eficaz a partir de 60 dias após o parto e 28 dias após a cobertura ou monta. Algumas das principais vantagens do teste são:
É possível utilizar as mesmas amostras do controle leiteiro e/ou gestão de qualidade, mas o mais indicado é que seja feito o enviode outra amostra para maior rapidez do resultado, visto que ao utilizar as mesmas amostras do controle leiteiro, o resultado não sai em 24h, pois o teste de prenhez é realizado após todo o processo de análise de composição do leite.
A amostra pode ser coletada a qualquer momento, não necessariamente no dia do controle leiteiro, podendo ser retirada diretamente dos tetos dos animais, após o descarte dos três primeiros jatos, tomando todos os cuidados necessários de higiene,podendo ser utilizado os frascos de tampa vermelha (o mesmo de coleta para composição e CCS) para o envio da amostra.
Realizando o diagnóstico de prenhez através do leite, reduz a necessidade de manejo dos animais em canzil e/ou tronco de manejo, sendo um teste não invasivo, que aproveita o manejo diário de ordenha para coletar as amostras.
O teste acaba sendo um auxílio na assistência veterinária no manejo reprodutivo na fazenda, pois acaba dando ênfase realmente em vacas que não estão prenhes, tendo tempo para auxiliar em outras áreas da propriedade. Vale ressaltar que o teste não dispensa o atendimento técnico veterinário, porém dá liberdade à propriedade realizar testes e conhecer seus animais prenhez ou vazios (não prenhes) a qualquer momento.
O prazo para a emissão dos resultados é de 1 dia útil após a entrada das amostras no laboratório. E para solicitar o teste, basta o criador solicitar ao controlador de leite da sua propriedade, ou entrar em contato com os técnicos da APCBRH, ou diretamente com a equipe do PARLEITE, via whatsapp. Os cuidados necessários para a coleta da amostra, é verificar se, ao realizar a coleta pelo medidor de leite ou copo coletor de amostras, conferir se não há leite residual entre uma vaca e outra. Em alguns casos em que a mangueira do leite é longa pode ocorrer de ficar um resíduo de leite entre uma vaca e outra. Esse resíduo pode influenciar no resultado do teste do animal. Quando verificado a ocorrência de leite residual entre uma vaca e outra, optar por coletar diretamente do teto do animal. Ao coletar diretamente do teto do animal, tomar os cuidados com a higiene das mãos e dos tetos dos animais. O teste deve ser utilizado como uma ferramenta de apoio dentro do manejo reprodutivo da propriedade, não como um substituto do médico veterinário. Esse teste pode apresentar 3 resultados, sendo: “Prenhe, “Vazia” ou “Reteste”. No caso de “Reteste”, deve-se repetir a análise no mês seguinte. Se o animal abortou, até 10 dias após aborto, o nível de proteína pode continuar elevado e o resultado pode ser POSITIVO. Recomenda-se que sejam feitas 2 análises consecutivas para reconfirmação. As amostras podem ser congeladas, porém, se ela for destinada para CCS e Composição não poderá ser congelada. Em caso de dúvidas, entrem em contato com a nossa equipe, que estaremos a disposição sempre.